quinta-feira, 5 de março de 2015
PREFEITURA INTENSIFICA AÇÕES PREVENTIVAS DE COMBATE A DENGUE
Secretário de Saúde destacou planejamento em coletiva de imprensa
A Prefeitura de Indaiatuba intensificará nas próximas semanas as ações preventivas de combate à dengue. Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta (4), o secretário municipal de Saúde Dr. José Roberto Stefani esclareceu que, embora o município já mantenha um serviço sistematizado de monitoramento e controle há pelo menos seis anos e hoje o índice de casos confirmados seja baixo, a cidade se coloca em estado de alerta devido ao elevado número de ocorrências em outros município da Região Metropolitana de Campinas. “O trabalho que vem sendo realizado se tornou referência na região e no país, e é por isso que hoje estamos em situação apenas de alerta, mas este é um esforço que é contínuo, precisamos que a população continue colaborando na eliminação de criadouros. Infelizmente vemos que ainda é comum nossos agentes encontrarem larvas do mosquito em locais como piscinas não tratadas, pratos de plantas e bebedouros de animais domésticos durante as vistorias”, destacou. Conforme informou Stefani, entre as medidas adicionais está uma força tarefa em que integrantes do Programa de Controle da Dengue e funcionários da Secretaria Municipal de Urbanismo e do Meio Ambiente irão realizar a vistoria de casas e terrenos nos dois próximos domingos, compreendendo os bairros Parque das Nações, Tancredo Neves, Jardim Alice e parte do Jardim Morada do Sol no dia 8, e São Conrado, Jardim Morada do Sol e Teotônio Vilela no dia 15, sempre a partir das 9h. “No total, vamos cobrir 139 quarteirões, com a meta de vistoriar pelo menos 85% dos imóveis. É um dia da semana em que em geral os moradores estão em casa, sei que causa transtornos, mas pedimos que todos colaborem. São localidades em que temos casos confirmados ou suspeitos e deter a disseminação é de interesse de todos”, diz.
CENTRO OPERAÇÕES
Outra novidade anunciada pela Prefeitura na ocasião foi a criação de um Centro de Operações contra a Dengue, a ser instalado em galpão no Distrito Industrial Jóia. O intuito é integrar em um só local todas as atividades relativas ao combate da doença, agregando ainda novas tecnologias e ferramentas que o município já possui em outras secretarias. “Desta forma, queremos aumentar a eficácia do trabalho de prevenção e agilizar a tomada de decisão em situações de risco”, afirmou Stefani. Com previsão de início de funcionamento em cerca de 50 dias, o centro deve concentrar um banco de dados alimentado por fontes como o sistema de monitoramento do aedes aegypti no Estado de São Paulo (Sisaweb), cadastro do IPTU para identificação de proprietários de imóveis, sistema Geocidades de localização territorial, sistema de georeferenciamento para confecção de mapas com casos de dengue e áreas de risco, cadastro de terrenos baldios e de casas com piscinas fixas e sistema Terraview de Territorialização de setores censitários do IBGE, entre outros, além da coordenação das funções usuais do Programa de Controle da Dengue como vistorias, envio de notificações e autuações.
Durante a coletiva, o coordenador do Programa de Combater à Dengue Odenir Sanssão Pivetta ressaltou que a atuação intensiva da Prefeitura nos últimos anos fez com que grande parte da população recebesse as informações e orientações adequadas, mas que ainda falta conscientização. “As pessoas sabem o que tem que fazer, mas muitas vezes, por algum motivo, não agem de acordo. Em 2013, fizemos uma pesquisa com mais de 1000 moradores e constatamos que 90% sabia o que fazer. É importante lembrar que, mesmo nas épocas em que a situação está controlada, é preciso prevenir o surgimento de criadouros. O pico de disseminação da dengue acontece em abril e maio. Se não cuidarmos agora, com o problema que já estamos vendo na RMC, correremos um sério risco de aumento de casos”, explicou. “Até mesmo uma tampinha de refrigerante pode servir de criadouro de larvas. Outro local muito comum é o potinho de água do cachorro ou gato, que deve ser devidamente higienizado todos os dias com água e sabão, pois os mosquitos colocam os ovos um pouco acima da água limpa, não adianta só trocar a água. Outra necessidade é o tratamento adequado de piscinas que, se deixadas sem manutenção, podem se tornar rapidamente um foco da doença. Sabemos que tem muita gente colaborando, recebemos inclusive muitas denúncias no serviço de atendimento da Prefeitura, mas temos que ampliar esta contribuição”, destacou Pivetta. “Para dar um exemplo, em janeiro e fevereiro visitamos residências em 506 quarteirões e fizemos um total de 151 coletas de larvas, a maioria em imóveis habitados, principalmente em quintais”, acrescentou o agente de saúde do Programa de Controle da Dengue Ulisses Bernardinetti, também presente ao encontro. “Em outra vistoria realizada semana passada no Jardim Carlos Aldrovandi, onde temos hoje um caso confirmado e cinco suspeitos, retiramos 50 sacos de 100l de criadouros de larvas de casas e terrenos. O comportamento da população influencia muito quando se trata de dengue”, completou.
Indaiatuba realizou em 2015 um total de 149 notificações relacionadas a dengue, sendo 34 casos positivos (18 autóctones, 8 importados residentes, 7 importados não residentes e 1 indeterminado), 102 aguardando resultado, 12 descartados e 1 inconclusivo.
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