sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Fundação Pró-Memória recebe inscrições para oficinas de policromia e pintura em tela

A Fundação Pró-Memória continua recebendo as inscrições para as oficinas de Policromia e Pintura em Tela. Os interessados podem preencher as fichas de inscrição no site da Fundação, no Museu Casarão Pau Preto, localizado na rua Pedro Gonçalves, 477, Jardim Pau Preto ou pelo telefone 19 3875-8383. A atividade faz parte da 8ª Primavera de Museus e será ministrada pelos artistas da Amap (Associação Marianense de Artistas Plásticos), Edney do Carmo e Geraldino Silva.
A 8ª Primavera de Museus em Indaiatuba teve início no último sábado (20) com a palestra do professor da USP e Diretor Técnico do Museu Paulista (Antigo Museu do Ipiranga) Dr. Paulo César Garcez Marins (na foto). A palestra tratou sobre as várias identidades possíveis de um povo ou uma cidade e a necessidade de sua relação com espaços públicos da memória, como Museus, Arquivos e Patrimônios Edificados.
INDAIATUBA NA PRIMAVERA DE MUSEUS
Além da palestra de abertura, o Museu Municipal Casarão Pau Preto, custodiado pela Fundação Pró-Memória, participará nesta oitava edição da Primavera dos Museus com atividades ao longo de toda semana.
PROGRAMAÇÃO
Dias 27 e 28/09: Oficinas de Policromia e Pintura em Tela – 9h às 12h e das 14h às 17h (vagas limitadas) – Local: Casarão Pau Preto.
Dia 27/09: Aula da Escola do Patrimônio – Gestão de Conservação Preventiva de Acervos Móveis, Objetos Históricos e Artísticos – Profª Rosaelena Scarpeline.
Veja a programação completa da 8ª Primavera de Museus através do link: http://www.museus.gov.br/guia-de-programacao-da-8a-primavera-dos-museus-ja-esta-disponivel/
O QUE É PRIMAVERA DE MUSEUS
O evento é coordenado pelo Instituto Brasileiro de Museus e acontece de 22 a 28 de setembro. Em 2014 são 761 museus e outras instituições culturais com uma programação especial de mais de 2.400 eventos, como exposições, visitas guiadas, palestras, exibição de filme, entre outros.
A Primavera de Museus vai mobilizar as instituições museológicas de todo o país, tem por tema a criatividade.
Ao propor o conceito de “museu criativo”, o Instituto Brasileiro de Museus elege-o como o principal estímulo à manutenção e ao desenvolvimento de cada museu, na exploração de sua capacidade de inovar-se, modernizar a gestão, diversificar iniciativas, ampliar a presença no território em que se acha inserido e atrair público.
O que seria, na realidade, um museu criativo? Será aquele que investe na sensibilidade e na inteligência de suas equipes, busca incorporar colaborações diferenciadas e experimenta possibilidades inéditas de sustentabilidade e expansão, aprimorando a missão cultural e sua filosofia social. Certamente, é o museu que se instrumentaliza para vencer obstáculos e ultrapassar limites, agindo de modo inventivo e instigante, na perspectiva do amanhã.
Problemas e desafios se acumulam ao redor dos museus, e é preciso que, de maneira criativa e dinâmica, cada qual encontre um caminho seguro para avançar sempre positivamente. Os museus deram um enorme salto, desde o fim do século XX, no sentido da superação da obsolescência que havia dominado a grande maioria deles.
Tornaram-se protagonistas da cena cultural e interferem hoje na vida social e econômica. Referenciam uma nova atitude e um novo olhar no espaço da contemporaneidade. Mas, para evoluir ainda mais e sobreviver às pressões econômicas que o ameaçam, o museu deve exercer a criatividade como estratégia fundamental.
Exemplo de museu criativo é enfatizado pelo Lasar Segall, em São Paulo (SP), quando recebe um prêmio internacional pela experiência de trabalhar combebês, envolvendo crianças e pais numa nova relação com as obras de arte.
O Museu da Maré, no aglomerado carioca desse nome, chama a atenção internacional pela criatividade que o sustenta como uma das mais notáveis respostas criativas ao desejo de memória de uma comunidade.
Em outro extremo, o Centro Inhotim, em Brumadinho (MG), se impõe como realização singular no quadro mundial, repleta de inovações e criatividade.
De uma iniciativa de pequeno porte, originada da vontade de preservação cultural de cidadãos anônimos ou de coletividades, como os Pontos de Memória, até ousadas propostas de grandes instituições, como o Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo (SP), o vigor criativo dos projetos garante a alta qualidade e os resultados admiráveis que se registram.
À procura de novos “museus criativos”, a Primavera é um acontecimento relevante para o intercâmbio de experiências e conhecimentos. Prenunciam resultados a serem partilhados pelo campo brasileiro, na certeza de que o museu deve reinventar-se, permanentemente, a fim de cumprir seus objetivos na vida dos cidadãos, da sociedade e do país.

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