O Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas de Indaiatuba em parceria com o Programa Viver realizaram na quinta-feira (29), o seminário sobre Dependência Química com o tema “Alcoolismo nos dias de hoje” no Centro de Convenções Aydil Bonachella, no Jardim Pompeia. O evento gratuito reuniu mais de 100 pessoas, entre educadores, professores, coordenadores de Ensino, representante de entidades religiosas, entidades sociais, profissionais das secretarias municipais da Saúde, Esportes e Segurança Pública (Polícias Civil e Militar), Guarda Civil e comunidade em geral.
O secretário da Família e do Bem Estar Social Luiz Henrique Furlan presente no evento, representou o prefeito Reinaldo Nogueira (PMDB) e destacou que a doença alcoolismo, é a praga do nosso século. “Por ser uma droga lícita, é difícil tratar este tema. O prefeito quando lançou o Programa Viver, destacou que o trabalho de combate e prevenção às drogas tem que ser constante. Sabemos o quanto é difícil tratar esta doença, pois a pessoa tem que aceitar que é dependente e depois o tratamento”.
Furlan citou uma frase da Assistente Social, que é membro do Comad e responsável pelo Serviço Especializado para Pessoa em Situação de Rua, do Creas, Antônia Canobel. “Devemos insistir, persistir e desistir jamais”.
O presidente do Comad Indaiatuba, Gerson Luiz Vieira destacou o trabalho de prevenção das entidades religiosas de Indaiatuba, das comunidades terapêuticas, do Denarc e sabe quanto o assunto é polêmico. “O álcool é droga a lícita que mais causa danos e também altos custos para a saúde pública. A prevenção é o melhor caminho. Sabemos o poder e o potencial de destruição do álcool. O Programa Viver da Prefeitura visa o combate às drogas será constante e a longo prazo. Todas as áreas da sociedade devem se unir para combater o inimigo feroz (as drogas lícitas e ilícitas). No caso do álcool, ele é um grande vilão e responsável pela desestrutura familiar na nossa sociedade”.
O primeiro depoente foi o senhor Sidney do A.A (Alcóolicos Anônimos) que falou da sua dependência do alcoolismo e o estigma da doença. “A doença se manifesta de maneira estranha e no meu caso sempre bebi socialmente. A doença é pré-existente e se instala quando há falta de neurotransmissores (serotonina e dopamina) e se a pessoa não entrar em contato com o álcool ela não vai adoecer. As famílias escondem, a pessoa não sabe o que está fazendo. É uma doença progressiva e há falta de informação”.
O depoente explicou que os Alcoólicos Anônimos, ou AA são uma comunidade, com carácter voluntário, de homens e mulheres que se reúnem para alcançar e manter a sobriedade através da abstinência total de ingestão de bebidas alcoólicas. Estes grupos autónomos que surgiram inicialmente nos Estados Unidos da América em 1935, quando dois americanos tiveram problema grave de alcoolismo, decidiram criar uma comunidade para apoiar os que sofrem deste problema. Sem carácter religioso, a comunidade recebe pessoas de todas as doutrinas. Sobrevive financeiramente através dos membros que contribuem espontaneamente, não aceitando financiamento externo.
Sidney informou que o A.A Indaiatuba está localizado à Rua XV de Novembro, com reuniões às segundas-feiras, das 19h30 às 21h.
O seminário contou com os palestrantes serão a Médica Psiquiátrica e Presidente do Comad de Sorocaba/SP, Clara Schnaidman Suarez; a Psicóloga do Instituto Nova Vida de Indaiatuba Isabel Canton Garcia; e o Pastor e Educador Social e Presidente do Comad Indaiatuba/SP Gerson Luiz Vieira. Também houve exposição de materiais e divulgação instituições locais.
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